sábado, 23 de julho de 2011

Mercado está movimentado, mas faltam bons corretores imobiliários

Edição do dia 20/07/2011
20/07/2011 08h57 - Atualizado em 20/07/2011 08h57

O governo divulgou os últimos números sobre contratações: em junho foram criadas mais de 215 mil vagas, 6,5% a mais que o mesmo período do ano passado.

As grandes cidades precisam de gente preparada. O Bom Dia Brasil fala sobre o mercado de imóveis, que está disputadíssimo. Todo mundo quer comprar um apartamento, mas falta quem faça uma boa venda. O mercado está se movimentando dentro do Brasil. Tem corretor saindo do Sudeste, indo para o Nordeste ou para o Centro-Oeste. Quem tem bons corretores, não quer perder pra concorrência.
O governo divulgou os últimos números sobre contratações: em junho foram criadas mais de 215 mil vagas, 6,5% a mais que o mesmo período do ano passado. Já no acumulado do semestre houve uma queda de 3,5% na comparação com o primeiro semestre de 2010. Uma realidade que não vale para os corretores de imóveis. O número de credenciados para atuar neste mercado aumentou 13% em 2010 e falta bons corretores.
Vida de corretor de imóvel é assim: não tem hora para chegar nem para sair do trabalho. “Dia santo, feriado, sábado e domingo são os dias nos quais a gente mais trabalha. É o dia em que o cliente está na rua”, conta a coordenadora de equipe Marcella Arruda de Faria.
Nada de salário fixo no fim do mês. O rendimento depende do desempenho. “Tudo bem, porque realmente o retorno é muito bom. A gente pode ganhar o que muita gente não ganha em um ano de uma vez só”, diz o corretor de imóveis, Vinícius Lima.
Em Brasília, a venda de um apartamento de um quarto dá, em média, R$ 4 mil de comissão. O mercado está aquecido.Tem gente comprando até imóvel no exterior. “Miami, Barcelona. Em Portugal, na cidade do Porto e vice-versa. O europeu, principalmente, procura a segunda residência no Brasil e, em particular, no Nordeste”, afirma o corretor de imóveis Rômulo Lima.
Com as vendas em alta, fica mais fácil ganhar comissões, o que torna a profissão atraente. O número de corretores credenciados cresceu 13% no último ano. “Pessoas que se formaram, por exemplo, em direito, em economia, em administração de empresas e em outras tantas estão abandonando suas profissões de formação acadêmica e vindo trabalhar no mercado imobiliário. O que é bom pra nós, naturalmente, porque melhora o nosso contingente de profissionais”, diz o presidente do Conselho Federal de Corretores de Imóveis, João Teodoro.
As imobiliárias reclamam: falta qualificação. O diretor comercial Leonel Alves diz que já teve que dispensar muitos candidatos. “A cada dia que passa, são mais currículos chegando a nossa empresa, mas acontece que as pessoas acreditam que vender imóvel é muito simples, Vendeu qualquer coisa pode vender imóvel. Na verdade, não é assim”, alerta.
As empresas desprezam quem não tem perfil ou currículo. Por outro lado, fazem tudo pra manter os bons corretores. Quem vende bem é disputado pela concorrência. O que fazer pra segurar a equipe? Dar “mimos” para os corretores. “Computador, máquina fotográfica, passagem, hospedagem em hotel, viagem para o exterior. Mas o que o corretor mais gosta, que é dinheiro”, diz o dono de imobiliária Daniel Dall'oca.
Célia está com prêmio na mão e dinheiro no bolso. “Quem é que não gosta de ganhar um prêmio, de ser premiada? E esse prêmio em dinheiro também é isso: um grande incentivo pra todos nós corretores”, conta a corretora de imóveis Célia Ávila.
Para ser credenciado o corretor precisa ter curso profissionalizante e segundo grau completo, mas a maioria tem ensino superior: 64% dos corretores registrados no Conselho Federal.

Fonte: Bom dia brasil / Portal G1.

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