segunda-feira, 2 de maio de 2011

O investimento Lucrativo das quitinetes no Distrito Federal

, O modelo de imóvel para locação em Águas Claras apresenta retorno ainda mais atrativo


As quitinetes se transformam em um negócio bastante lucrativo para os investidores. O Sindicato da Habitação do Distrito Federal (Secovi-DF) calcula que os que mais apresentaram retorno no mês de fevereiro, seguidos pelos apartamentos de um quarto. O Aluguel das quitinetes de Águas Claras aponta 0,48% de retorno, porcentual acima ao de brasília, de 0,47%.

O vice-presidente do Secovi-DF, Ovídio Maia, ressalta que as regiões que apresentam infraestrutura adequada, com centros comerciais, serviços públicos e locomoção fácil, ganham a preferência das construtoras.
"Essa necessidade não é nova, mas apenas nos últimos anos as empresas comerçaram a trabalhar esse modelo. E acertaram em cheio. A taxa de condomínio menor, por exemplo, atrai uma pessoa ou até um  casal para as quitinetes", explica o vice presidente do sindicato.
Proprietário de imobiliária, o empresário Paulo Baeta, acredita que esse perfil de empreendimento cresceu tanto que as construtoras trabalham com lançamentos exclusivos para quitinetes e incluem várias áreas de lazer ao projeto final.
"Tem prédio que oferece garagem, salões e piscina. É um tipo de imóvel no qual vale a pena investir porque sempre vai estar alugado. Mas, se for para morar, o comprador precisa fazer uma nálise do futuro. Se pretende casar e ter filhos, na vale a pena. Uma quitinete tem, em média 30 metros quadrados, não suporta uma família", expões Baeta.
O Neo Residências Modernas, só com quitinetes,
 vendeu 75% das unidade no lançamento.

A imobiliária Markimob trabalha com um empreendimento no Noroeste voltado para quitinetes. "Formalmente, as quitinetes eram aquelas salas comerciais localizadas em cima de lojas. hoje o perfil mudou. Elas podem ser até divididas", garante o gerente de vendas da empresa, Flávio Melo.
No dia do lançamento do Neo Residências Modernas, em dezembro de 2009, a imobiliária vendeu 75% do empreendimento, que fica no Noroeste. "Foi muito grande a procura, uma loucura. o metro quadrado estava na média de R$ 8 mil. E tinha muita gente comprando. Mas a prioridade dos comrpadores é o investimento", destaca.  Hoje, o metro quadrado do imóvel subiu para R$ 9 mil, aproximadamente. De acordo com  Melo, o lucro é garantido para quem investe em quitinetes localizadas próximo ao Plano Piloto. "A maioria dos inquilinos quer morar perto do trabalho ou da escola. Sempre vai ter gente interessada em alugar, não tem jeito", diz. O Neo Residências também trabalha com lojas comerciais e prevê a instalação de um mini shopping ao térreo do prédio.
A profissional de educação física Amanda Corrêa ganhou da mãe uma quitinete ainda na planta, no prédio Mirante do Parque, em Águas Claras. Presente no valor de R$ 80 mil. "Ela queria investir e comprar um imóvel para mim. Mas eu decidi continuar morando com minha mãe e ganhar dinheiro com o aluguel. Com a renda, eu ajudo a pagar a prestação do nosso apartamento, comemora a feliz dona do imóvel.
Amanda acrescenta que o apartamento ficou vazio apenas por um mês, para reforma. "O inquilino sujou a parede e quebrou o armário". Quando ele estava pronto, não durou três semanas vazio. Todo dia tinha um interessado. O prédio oferece também lavanderia e garagem, comodidades que chamam a atenção", ressalta.
O Mirante do Parque privilegiou quitinetes no seu projeto
O aluguel de R$ 700,00 sobe para quase R$ 1 mil, com o acréscimo da taxa de codomínio e do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), de responsabilidade do inquilino. Amanda destaca que uma moradora vendeu um modelo idêntico ao dela, no início do ano, por R$ 120 mil. "Isso mostra que fomos no caminho certo ao apostar nas quitinetes".
Qual o perfil do morador de quitinete?

Para buscar o perfil das pessoas que preferem esse tipo de imóvel, uma pesquisa da Universidade de Brasília (UnB) coletou dados de 57 entrevistados das quadras 300, 100, 200 e 400, da Asa Norte.
O levantamento identificou três modelos básicos de moradores das quitinetes: filhos de Brasília, novos migrantes e trabalhadores autônomos.
Os primeiros moram na zona centreal de Brasília há mais de dez anos e são filhos da classe média. A faixa etária fica entre 23 e 42 anos, e é formada por estudantes de nível superior e com salário entre R$ 900,00 e R$ 1.800,00.
Os novos migrantes correspondem aos que se mudaram para Brasília por conta de concurso público ou estudo, o que corresponde a 70% dos entrevistados. Com idade entre 25 e 35 anos, o funcionário público enxerga o imóvel como uma moradia temporária e ganha entre R$ 1.200,00 e R$ 2.100,00.
Os estudantes, com idade entre 20 e 25 anos, de nível superior, vivem de mesada ou pensão e escolheram o domicílio pela proximidade com a faculdade.
O grupo dos trabalhadores autônomos é formado por profissões como manicures e chaveiros, que escolerama Asa Norte por causa da proximidade do trabalho. Esses optam por quitinetes como alugel a R$ 600,00 de acordo com sua faixa salarial.
O último morador da quitinete de Amanda, em Águas Claras, se enquadrava no grupo dos novos migrantes. "Ele passou em um concurso público, mas juntava para comprar o próprio imóvel", lembra a profissional de educação física. " Por isso o rapaz saiu da quitinete e foi morar com um amigo". Ela ainda não conhece a nova moradora, que foi logo ocupada com a saída do inquilino anterior.

Outras questões da quitinete

Além dos três perfis analisados, outras tendências também foram identificadas na pesquisa da UnB.
Do total, 17 moradores tinham renda superior a R$ 1.200,00 o que mostra que as salas também abrigam pessoas com renda estável e contrários ao pagamento dos altos aluguéis das super quadras. Apenas seis moradores ganham até R$ 600,00; 16 entre R$ 600,00 e R$ 1.200,00; 11 entre R$ 1.200,00 e 2.100,00 e seis mais de R$ 2.100,00. O restante ganha menos que R$ 600,00.
Das justificativas colhidas na pesquisa para quem reside numa quitinete, entre as mais citadas estavam a facilidade de locomoção para estudos, os aluguéis mais baratos, a facilidade de locomoção para o trabalho e a localização privilegiada.
O funcionário público Marcelo Carneiro morou sozinho numa quitinete por nove meses. Ele residia na 408 Norte e pagva um aluguel de R$ 800,00, com a taxa de condomínio. A proximidade do trabalho e o comércio variado da quadra atrairam o goiano a optar pela moradia.
"O ruim é a solidão de ficar sozinho. Eu já dividia apartamento com alguns amigos também na Asa Norte, mas não rolou muito tempo. O aluguel sozinho fica mais difícil, mas eu tenho mais liberdade também", explica.
Ele junta por mês R$ 400,00 para dar entrada futuramente num apartamento próprio. "Eu quero comprar uma quitinete mesmo, acho que é um investimento com lucro garantido, mas os valores aturais são muito caros. Quando tiver uma base boa, pretendo comprar a minha", planeja o servidor público, que utiliza o transporte público e bicicleta para locomoção. Ele não ambiciona comprar um carro por enquanto.
A maior parcela dos entrevistados, 42 pessoas, confirmaram que aquitinete foi a primeira residência após a casa dos pais. Desses, 38 estão na faixa de 20 a 29 anos; 31 moravam no Plano Piloto antes, 14 em outros estados e 12 em outras regiões administrativas. O desejo de permanecer na quitinete nos anos seguintes dividiu a metade dos entrevistados.
Antes de sair da casa dos pais em Goiânia, Marcelo Carneiro morou nas pensões da W3 Sul, dividiu o apartamento com colegas e, somente depois, foi morar em quitinete. "Tem que ser nesse eixo do Plano, fora não dá. Eu gostaria de morar em Taguatinga ou Águas Claras e viver independente dessa zona central", detalha.
Hoje, ele divide apartamento de um quarto com a namorada na Asa Norte e paga R$ 500,00, sem contar despesa de condomínio, empregada e lavanderia.

Fonte: Capitare Assessoria de Imprensa


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